A bandeira do Brasil

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Abelardo Jurema Filho
 
Sempre mantive forte relacionamento com a bandeira do meu país. Desde cedo, nas aulas de canto orfeônico e moral e cívica, no Colégio Acadêmico, no Rio de Janeiro, onde fiz os cursos primário e ginasial, aprendi a respeitá-la e a cantar o seu hino, executado em todas as solenidades cívicas promovidas pela escola. Os versos de Olavo Bilac, um dos maiores poetas brasileiros de todos os tempos, retratam fielmente o orgulho que sentíamos ao vê-la tremular identificando o nosso País:
- Salve lindo pendão da esperança! Salve símbolo augusto da paz! Tua nobre presença à lembrança, a grandeza da Pátria nos traz.  
Criada em 1854, a bandeira brasileira é testemunha de todas as conquistas da nossa história, na exaltação por feitos memoráveis ou servindo de consolo em momentos de tristeza e angústia.
Na Copa de 1970, quando o País viveu a aventura épica da conquista do Tri-Campeonato Mundial, “quando todo o Brasil deu a mão”, como na letra de Miguel Gustavo, foi exibida como o maior símbolo daquela vitória que marcou as nossas gerações. Na morte de Airton Senna, voltou às ruas enxugando as lágrimas do povo brasileiro que chorava o trágico destino de um dos maiores ídolos do esporte nacional, em todos os tempos.
Mais recentemente, nos jogos Olímpicos de Tóquio, estava a nos comover lembrando que havíamos colocado mais uma medalha no peito, nos enchendo de orgulho e de alegria e reafirmando a garra, o amor e o patriotismo de nossos atletas.
Na campanha das Diretas Já, quando o Brasil inteiro se mobilizou para restabelecer a democracia, que lhes havia sido retirada por mais de duas décadas, ela aparecia representando o sentimento popular de uma nação inteira que desejava o retorno das eleições diretas e de uma nova ordem constitucional, significando o clamor de todos os segmentos da sociedade civil que reivindicava o direito de escolher livremente os seus governantes.
Em todas essas oportunidades o pavilhão nacional esteve presente fazendo pulsar os nossos corações. Em todas essas ocasiões, o maior símbolo nacional jamais foi utilizado como instrumento de propaganda político-partidária. O seu caráter cívico, de união nacional, não se presta a esse papel de discriminar brasileiros, por qualquer razão, que não preserve a sua nacionalidade, seja por questões raciais, políticas, ideológicas, religiosas, classe social ou orientação sexual.
Hoje vou comemorar 7 de setembro. Não levado por manifestos de esquerda ou de direita; não estimulado por ódios ou revanchismos; não levado por intolerâncias ou insatisfações e jamais por argumentos que incitem a violência ou agressividade.
Vou amanhecer o dia o acreditando no futuro do meu país, em novos tempos de paz e harmonia, exaltando o orgulho de ser brasileiro e solfejando os versos de Olavo Bilac:  
- Sobre a imensa Nação Brasileira, nos momentos de festa ou de dor, paira sempre sagrada bandeira, pavilhão da justiça e do amor! Recebe o afeto que se encerra em nosso peito juvenil, querido símbolo da terra, da amada terra do Brasil!

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