A primeira professora a gente nunca esquece. Eu, pelo menos, tenho bem
viva na memória a presença da professora Maria Efigênia, uma senhora
terna e justa que me
ensinou as primeiras
letras no curso primário do Colégio Acadêmico, no Rio de Janeiro. Depois dela vieram muitas outras que
marcaram a minha vida com a sua dedicação e carinho.
Nessa trajetória de eterno aprendiz , convivi com muitos mestres
até chegar à
antiga Faculdade Autônoma, hoje transformada no Centro
Universitário de João Pessoa, o glorioso Unipê, onde conclui o curso de
Direito e
tive o privilégio de ter entre os meus orientadores
nomes da maior envergadura moral e intelectual,
que escreveram a história daquela instituição.
Como estudante
sempre mantive com os professores uma relação de profundo
respeito e admiração. Tinha-os, todos, na condição de mestres do saber,
de pessoas abnegadas que cumpriam a sublime missão
de transferir os seus conhecimentos técnicos, científicos
, culturais -
e até de sua vivência pessoal – com quem iniciava a sua caminhada.
Desta forma, não há como me conformar com as noticias que chegam a todo instante de professores que são agredidos por alunos delinquentes que não respeitam
homens e mulheres que, por puro idealismo,
optaram por
seguir a profissão que lhes pareceu a mais
gratificante: de ensinar e orientar as novas gerações
mesmo abdicando de melhores salários.
Está na hora de se dar um basta nessa situação. De reprimir, com rigor,
essas atitudes covardes e inconseqüente dos que se julgam sob o excesso
de protecionismo da lei , pelo fato de serem menores, ou que se sentem
acobertados pelos próprios pais,
que avalizam esse comportamento. Agressão física a um professor, dentro ou fora da sala de aula,
deveria ser punida exemplarmente,
com legislação específica, que inibisse esse
procedimento inaceitável numa sociedade que se propõe justa e civilizada.
A sala de aula
11 Jun 2020- 163