Felizmente, aos 68 anos, me considero um homem de boa saúde. Embora não seja freqüentador de academia de ginástica nem adepto
a dietas radicais – sigo a tese preconizada pelo meu pai sobre a
tartaruga que vive 200 anos sem gastar energias – sou bem resolvido com a minha genética,
que tem sido bastante generosa comigo, mantendo-me “bem conservado” para a idade que tenho . O espírito, jovem
e entusiasmado pela vida, contribui para que, por vezes, tenha
que atestar a minha condição de idoso em áreas reservadas à maioridade.
Entretanto já enfrentei, com fé, coragem
e decisão, alguns problemas médicos relevantes. O maior deles foi um
câncer de próstata, há doze anos, quando fui diagnosticado
portador de um carcinoma, em
fase inicial. Decidido a eliminar o mal pela raiz, fui para São Paulo e
me entreguei aos cuidados do professor Miguel Srougy, considerado a
maior autoridade brasileira no assunto,
que, após a cirurgia, me garantiu que poderia ficar tranqüilo e
voltar para a Paraíba: “A sua doença ficou aqui”,
sentenciou.
Em outra ocasião foi a vesícula, cheia de pedras,
pequenas e perigosas, detectadas através de um exame de ultrassom
realizado no Cedrul e solicitado pelo médico Glaucio Nóbrega.
Constatada a necessidade da cirurgia, foi a vez do dr. Cássio Virgílio
Oliveira entrar em ação, com a sua equipe médica, e
retirar o incômodo ameaçador.
Agora foram os rins, órgão traiçoeiro, que tentou me abater com um
cálculo renal, de proporções diminutas, mas com grande poder de
destruição, capaz de produzir dores
intensas e incalculáveis... Levado às pressas
para o Hospital da Unimed, temendo pela minha vida e clamando a Deus que
amenizasse tamanho sofrimento, fui atendido a tempo e , alguns
dias depois, submetido a uma cirurgia pelas mãos habilidosas do médico urologista George Guedes Pereira,
que aliviou as minhas dores e me livrou daquele elemento nocivo que pode provocar graves danos à saúde.
“No meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho”. Os versos do poeta
Carlos Drumond de Andrade nos fazem refletir que
a vida está sempre a testar a nossa capacidade de reação , disposição de seguir
em frente e superar os obstáculos;
impondo que é necessário fé, força e perseverança para
continuar a caminhada, não esmorecer na jornada e
concluir a missão que nos cabe nesta breve passagem pelo planeta Terra.
Mais uma vez, sob as bênçãos de Deus, me livrei do perigo. E assim vou
tirando as pedras do caminho, confiante nos desígnios do Senhor e no
destino que Ele me confiou, com o compromisso de ser feliz, e de
servir ao próximo, com amor e generosidade.
As pedras do caminho
08 Set 2020- 165