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RUY DANTAS - Jornalista e publicitário
- Escrevo, neste momento, no conforto do meu apartamento em João Pessoa, considerada pelo influenciador britânico Skerry Harry uma das dez melhores cidades para se viver na América do Sul. O top 10 ainda inclui as cidades de Cusco (Peru), Santa Marta (Colômbia), Salinas (Equador) e Medellín (Colômbia). Se precisar de ajuda médica, levo cerca de 15 minutos para chegar aos melhores hospitais e médicos da cidade. Enquanto isso, a maioria dos meus conterrâneos que moram no Sertão, nos municípios de Sousa, Aparecida e São Francisco, levam até 7 horas para se deslocar até a capital em busca de socorro médico. Diante desse paradoxo, temos tudo para imaginar que vivemos numa bolha. E vivemos mesmo. Talvez por isso, uma viagem que fiz recentemente a Sousa, minha terra natal, me fez tão bem. Lá, presenciei o Dr. Carneiro Arnaud, no alto dos seus 88 anos, lutando para instalar uma unidade do núcleo de oncologia na cidade para evitar que pacientes de todo o Sertão precise se deslocar até a capital do Estado para consultas, triagens, revisões e até quimioterapia. As facilidades que temos numa cidade como João Pessoa nos impedem de lembrar que existem pessoas como o Dr. Carneiro Arnaud e uma instituição como o Hospital Napoleão Laureano. Na minha primeira missa do ano, rezei por eles. É essa gente que transforma verdadeiramente o mundo e enfrenta outro câncer, o do serviço público, para fazer o bem num país tão desigual.  O que o Hospital Laureano vem fazendo nas últimas seis décadas é um milagre. Centenas de pessoas ficaram curadas do câncer e voltaram para casa salvas, graças ao sonho do Dr. Napoleão Laureano, sustentado há décadas por esse guerreiro chamado Carneiro Arnaud. E o que faz tudo isso? O propósito. Assim como fez Padre Cícero entrar para a História e sacudir o Nordeste naquelas secas terríveis. Somente a força de um propósito faz a gestão do hospital muitas vezes tirar de onde não tem e colocar onde não cabe, assim como fez Frei Damião; Irmã Carolina, do Colégio João XXIII; e Padre Rolim, em Cajazeiras. Se você se sente pequeno como eu diante desses guerreiros, pelo menos reze por eles. P.S.: Dedico este texto a Josenilda, Dr. João Simões, Dr. Thiago Lins, Marcelo Lucena, Mariana Mendes, Lana Dantas e ao jornalista Wellington Farias.

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