HILDEBERTO BARBOSA - Escritor -
Membro da Academia Paraibana de
Letras - A APL, Academia Paraibana
de Letras, está com uma vaga aberta.
Morreu um de seus imortais. Alguns
deverão se candidatar. Eu, que sou acadêmico desde 1999, gostaria de que
fosse outro o processo eleitoral. Não
o de eleições ditas democráticas como
pressupõem os dispositivos legais do
Estatuto do ilustre sodalício. Talvez não
seja este o melhor procedimento. Estatutos podem e devem ser modificados.
O lobby, o tráfico de influências, o jogo
de poder, o toma lá dá cá, amizades,
favores, servilismos, cavilações e outras mesquinharias da vida institucional
comprometem seriamente a escolha
dos postulantes. Teve um livrinho qualquer, qualquer um pode postular a cadeira da imortalidade. Não deveria ser
assim. O ideal é que, acadêmicos, em
reunião extraordinária, fizéssemos uma
discussão e uma lista de alguns nomes
que, sobretudo, pelo mérito intelectual
e artístico, sobremaneira por isto, pudessem dignificar e representar melhor
a velha e austera Casa de Coriolano de
Medeiros. Desde já, estou disposto a
colaborar com o debate e com as possíveis sugestões. Penso que nossa Academia só teria a ganhar, na esfera do respeito público e social, se tivéssemos a
grandeza de convidar, para nosso convívio, figuras como, por exemplo, Genival Veloso França, W. J. Solha, Bráulio
Tavares, Ricardo Soares, João Batista de
Brito, Chico Viana, Evandro Nóbrega,
Clemente Rosas, Fernando Teixeira,
Tarcísio Pereira, Sandra Luna, Renato
César Carneiro, Francisco Gil Messias,
Gilvan de Brito, José Leite Guerra,
Políbio Alves, Edmundo Gaudêncio,
Aldo Lopes, Marília Arnaud, Neroaldo
Pontes de Azevedo, José Antônio Assunção, Carlos Azevedo, Raul Córdula,
Marcílio Franca, José Edílson Amorim e
outros de que não lembro agora.
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27 Dez 2022- 137