Segundo a Igreja Católica, a Quaresma “é o período de 40 dias que antecedem a principal
celebração do cristianismo: a Páscoa, a ressurreição de Jesus
Cristo , uma prática presente na vida dos cristãos desde o século IV”.
Para o Papa Francisco, “é o tempo para nos libertarmos da ilusão,
de viver correndo atrás da poeira;
de redescobrir que somos feitos para o fogo que arde sempre, e não para a cinza que, imediatamente, desaparece”.
Conceitos e definições à parte, muito me orgulho da condição de pertencer à esse rebanho,
para onde fui atraído
pela fé de minha mãe, Dona Vaninha, que, na minha visão de criança,
muito se assemelhava a
imagem de Nossa Senhora de Fátima, de quem era fervorosa devota, pelas lições de generosidade e humildade que me conferia a todo momento e que a tornavam um ser humano
especial, que tratava a todos igualmente, com acolhimento e
respeito ,
desde os
homens mais poderosos da República ao indigente que pedia um prato de comida no portão de nossa casa.
E foi pensando nela, na minha trajetória dentro da religião,
na convicção da presença soberana de Deus em todos os meus atos,
que decidi, este ano,
adotar a Quaresma como um momento de reflexão, de renúncia e de
agradecimento por todas as graças que recebi, pelas bênçãos e
livramentos que marcaram a minha vida e que me mantiveram
ileso,
feliz e agradecido pelas lutas, dores e conquistas com que fui contemplado pelo Espírito Santo.
E o que me estimula a preservar
a chama acesa ,
é o compromisso com
a rota da vida, que nos faz olhar para
dentro de nós, que nos liberta do apego aos valores que nos anestesiam o
coração e desvirtuam nossos pensamentos. É investir na caridade, na
compreensão e no amor ao próximo,
que compõem o nosso maior tesouro.
Iniciei a minha Quaresma. Nos próximos quarenta dias estarei ainda mais sintonizado com o Senhor.
Na rota da vida
11 Jun 2020- 173