Esta semana, acompanhado do jornalista Juca Pontes, responsável pela edição de centenas de obras de diversos autores paraibanos
que compõem o acervo literário da historia do nosso tempo, fui ao Campus 1 da Universidade Federal da Paraíba,
para uma audiência com a reitora Margareth Diniz,
a primeira mulher a ocupar o cargo desde a sua fundação, pelo ministro
José Américo de Almeida, em 3 de dezembro de 1955.
Levei comigo um oficio, endereçado à Magnífica Reitora, que resumia o objetivo da visita, além da emoção que me acompanha
todas as vezes que ultrapasso os portões daquela instituição, tão ligada à história do meu pai que mereceu dela
o titulo de professor Honoris Causa durante a gestão do reitor Mário Moacir Porto.
No documento ,
solicitava a reedição do livro Cesário Alvim 27, Histórias do Filho de Um Exilado,
editado em 2010 pela editora Universitária, que
alcançou forte
repercussão, com direito a noticia na coluna de Anselmo Góes, em O Globo,
citações em programas de projeção nacional, como Fausto Silva e Ana Maria Braga, além de
preciosos textos, criticas
e comentários de grandes mestres das letras da Paraíba.
Na justificativa, ponderei:
– Esgotada a sua primeira edição, o livro ainda continua a despertar o
interesse de leitores de todo o País através de solicitações que recebo
de diversas cidades brasileiras, atraídos pelo tema da obra que revela
emoções e experiências vividas pelo autor -
e sua família -
durante o exílio do seu pai em Lima, no Perú, onde viveu por
quase cinco anos durante o período de vigência do regime de exceção que
prevaleceu no País a partir de março de 1964.
Desta forma, venho solicitar a V. Sa. , que seja
autorizada a confecção de uma nova edição do livro Cesário Alvim 27 –
Histórias do Filho de Um Exilado,
que também representa a
preservação da memória do deputado Abelardo de Araújo Jurema,
autor do projeto de Lei número 3.835, de 13 de dezembro de 1960,
sancionado pelo presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, que federalizou a instituição
fundada
pelo ministro José Américo de Almeida, perenizando a
frase lapidar com
que encerrou o discurso que pronunciou na ocasião: “Eu vos dei as raízes;
outros vos darão asas e o selo da perpetuidade”.
A reitora Margareth Diniz, entendeu os meus argumentos e acatou
a minha solicitação:
- Para a Universidade é uma honra dar acolhimento a esse trabalho, escrito por um jornalista
respeitado pela Paraíba
e que homenageia um dos maiores benfeitores dessa instituição.
Saí de lá comovido, sobretudo por constatar que a UFPB
continua a voar com as asas
da liberdade, da responsabilidade
e da Justiça.
Nas asas da UFPB
13 Jun 2020- 179