A partir de Santa Luzia, na região do Vale do Sabugi, o clã Morais, liderado pelo saudoso deputado Inácio Bento de Morais, sempre foi uma referência entre as mais expressivas lideranças eleitorais do sertão da Paraíba, com cadeira cativa no parlamento do Estado. Quatro anos depois, o então professor de matemática do colégio Águia, o engenheiro Efraim Morais, iniciou a sua trajetória na vida pública, primeiro como deputado estadual e, posteriormente, como deputado federal e Senador da República, onde chegou, em campanha memorável, desafiando adversários poderosos e considerados imbatíveis. Agora, chegou a vez de Efraim Filho. Quando os partidos políticos deram inicio às articulações para indicar os seus candidatos nas eleições deste ano, ele pediu a palavra e disse, em tom firme e decidido: “sou candidato ao Senado”. Aos 43 anos de idade, no quarto mandato de deputado federal, não hesitou e, contrariando até os argumentos de correligionários que recomendavam sua reeleição tranquila para a Câmara Federal, lançou-se à aventura na base do tudo ou nada, do vai ou racha. E foi em frente. Nada parecia impedi-lo de avançar e alcançar o seu objetivo. Como um espadachim, foi à luta desbravando os caminhos, aplainando o terreno, abrindo veredas, capinando em terras áridas. Rompeu com o governador, aliou-se a adversários, construiu pontes, percorreu o Estado agregando apoios e novas lideranças. Em determinado momento da campanha, quando adversários tentavam retirá-lo do páreo a qualquer custo, preocupados com o seu crescimento eleitoral, plantou-se a falsa informação - uma fakenews - que ele iria desistir de sua candidatura. Efraim reagiu: - Foguete não dá ré. A frase repercutiu, virou meme, e terminou sendo o seu slogan de campanha. Agora, após o resultado que obteve nas urnas, o senador eleito tem motivos de sobra para comemorar uma vitória que conquistou graças à sua fé em Deus e à sua destemida perseverança. No peito e na raça.
NO PEITO E NA RAÇA | Efraim Filho
05 Out 2022- 152