Sempre admirei os sonhadores, que arriscam tudo em nome os seus ideais, dos seus projetos e das suas intuições. Homens corajosos que saem na frente, obstinados, destemidos e indomáveis, dispostos a trabalhar duro para superar todo e qualquer obstáculo que se coloque à sua frente na realização do seu sonho, ignorando críticas daqueles que desdenham das suas ideias e que os confundam com um aventureiro inconsequente, louco ou visionário.
O empresário Aluísio Monteiro, falecido esta semana, era um sonhador realista, um inconformista do seu tempo, um homem obstinado que sempre acreditava que tudo é possível, desde que se tenha perseverança e fé. Foi assim que ele, ainda nos anos 50, fundou a ETP – Empresa Telefônica da Paraíba, que durante quase três décadas foi a responsável pelo funcionamento do serviço de telefonia do Estado, até a criação da Embratel, em 1974, que estatizou todo o sistema de telecomunicações do País.
Da mesma forma aconteceu quando, ao lado do pernambucano Aberto Caldas, dotou a cidade de João Pessoa do seu primeiro hipermercado, o Comprebem, instalado na avenida Epitácio Pessoa, no local onde hoje funciona o Extra, um dos gigantes dos setor supermercadista do País.
Um cidadão exemplar que, ao lado de sua esposa e eterno amor, Antônia Monteiro, a dona Toinha, foi pai extremoso e marido dedicado; que construiu família em bases muito sólidas; que era um homem solidário e generoso para com os amigos e com todos aqueles com quem convivia, pessoal e profissionalmente. O seu falecimento, aos 89 anos, ocorrido no último fim de semana, causou grande comoção na sociedade paraibana que foi ao Parque das Acácias levar a sua saudade e dar adeus ao eterno sonhador que levou consigo o selo da missão cumprida.
O adorável sonhador
03 Set 2019- 173