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O menino de Itabaiana

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Ele era um homem apaixonado pela sua terra natal onde passou toda a sua infância a jogar bola de gude no oitão da Igreja Matriz, a soltar pipa pelos seus campos verdejantes e a acompanhar as idas e vindas do trem da Great Western que cortava a cidade que, à época, era  próspera produtora de algodão e mantinha a forte influencia  econômica de toda a região do agreste da Paraíba. Foi criado sob a  supervisão do avô, Manoel Joaquim de Araújo, prefeito do município, que supria as ausências do pai, o advogado Geminiano Jurema Filho,  que, àquela altura, já era um nome respeitado nas lides forenses  do Recife, para onde viajava com freqüência para cuidar das causas que o  projetaram no  campo do Direito, em todas as suas vertentes,  onde mantinha contatos políticos como membro influente do Partido Republicano. Criança de pés no chão , que gostava de jogar bola com seus colegas e de fazer travessuras próprias da idade, ele contava que, certa vez,  estava , junto com outros meninos,  tirando frutas que germinavam no bem cuidado pomar, de responsabilidade da prefeitura, que mantinha a área sob rigorosa  vigilância de um velho Guarda municipal, que o surpreendeu com a boca na botija,  num grande pé de manga, a “furtar” os seus frutos proibidos. - Quem está aí? – ameaçou o guarda. Apavorado com o flagrante, o menino escondeu-se por entre galhos e folhas, mas foi inútil. - Ah! É o neto do prefeito? Aqueles manguitos lá da ponta estão bem mais maduros, orientou o guarda,  zeloso pela saúde do menino e pressuroso em preservar o emprego. “Foi a minha primeira lição de Poder”, brincava o então ministro Abelardo Jurema, quando rememorava os doces tempos da aurora da sua vida. Ontem, por iniciativa do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, aquele itabaianense que trilhou uma jornada brilhante na vida pública brasileira , atingindo  postos da mais alta relevância  como deputado federal eleito , por dois mandatos, pela Paraíba; que ocupou a  Liderança  do Governo operoso do presidente  Juscelino Kubitschek e chefiou o  Ministério da Justiça  do seu País, foi homenageado,  emprestando o seu nome ao Fórum da Justiça Eleitoral da sua cidade que passou a denominar-se “ Ministro Abelardo de Araújo Jurema”. Nada mais justo e meritório para homenagear um homem  que fez da Justiça a sua principal bandeira e do respeito à democracia o seu maior compromisso, assumido com o Brasil e, sobretudo,  com os seus conterrâneos de  Itabaiana,  a terra do seu amor.

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