Eu o considerava um mestre do jornalismo. Quando iniciei, aos 20 anos, como repórter do Jornal do Brasil, ele era o responsável pela coluna Carlos Swan, de O Globo, um modelo do moderno colunismo social feito com responsabilidade e abrangência, abordando os assuntos de real interesse da sociedade. Era um dos seus leitores assíduos e, até hoje, me espelhava em sua integridade; no seu estilo opinativo, sóbrio e verdadeiro; na abordagem elegante e correta dos fatos. Ricardo Boechat era um craque incomparável que servia de inspiração aos que se iniciam na profissão. O seu falecimento, num estúpido acidente de helicóptero, deixou órfãos todos os seus colegas jornalistas que, como ele, são comprometidos com a notícia e com a verdade. Uma perda absolutamente irreparável.
O mestre do jornalismo
12 Fev 2019- 185