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O papel do jornal

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Sempre fui um ávido leitor de jornais. Desde a adolescência, no Rio de Janeiro, apaixonado pela palavra escrita, lia, pelo menos, três jornais todos os dias – Jornal do Brasil, O Globo e o Jornal dos Sports – e creio que esse hábito me fez aprender muito sobre a profissão que iria seguir na minha fase adulta até me transformar no profissional que sou hoje, completamente envolvido e comprometido com o meu trabalho. Foi através das crônicas de Nelson Rodrigues, dos textos de  Armando Nogueira e  de  Carlos Eduardo Novais; da irreverência de Sergio Porto, o Stanislaw Ponte Preta;  do refinamento do colunista Zózimo Barroso do Amaral  e da análise política, e por vezes apaixonada,  de Carlos Castelo Branco, Hélio Fernandes e David Nasser, entre  tantos outros monstros sagrados da imprensa daquela época, que me encantei com aquele instrumento precioso da boa informação, traduzida com ênfase  e fidelidade na publicação da noticia.
Eu tinha apenas 20 anos quando entrei pela primeira vez na sede do Jornal do Brasil, no velho prédio da avenida Rio Branco,  o mais importante jornal do País, onde me iniciei na profissão. Imediatamente me senti fascinado com a  efervescência da redação; do cheiro de tinta e de papel que exalavam de suas máquinas impressoras, e daquele ambiente  instigante que me fez acreditar  que havia encontrado o mundo do qual queria fazer parte. E foi assim que , alguns anos depois, quando decidi me transferir para a Paraíba, conquistei o meu espaço definitivo  ao assumir a coluna  do mestre  Heitor Falcão, o Agá, com quem aprendi os segredos e as artimanhas da chamada crônica social. De lá para cá – e já se foram  mais de 40 anos – mantenho aqui no Correio o compromisso que assumi com os meus leitores, mantendo-os bem informados, praticando o jornalismo sério e responsável em  que  sempre acreditei. De alguns tempos para cá, com a  evolução da tecnologia digital, fala-se muito na extinção da mídia impressa. Parece que algumas pessoas torcem por isso, talvez com o intuito de nivelar por baixo o acesso à informação,   transformando a  noticia no  que vem fazendo   com suas próprias vidas, vividas em regime de fast-food; da musica de plástico;  dos objetos descartáveis; da falta de compromissos;  do ouvir dizer e das chamadas fakenews que hoje alimentam as redes sociais e as transformam em perigosos veículos da contra-informação. Esta semana protagonizei um vídeo institucional que está sendo veiculado na TV Correio defendendo o jornalismo impresso. Não é uma propaganda: é um chamamento à população para que não abra mão do privilégio que representa a leitura de um bom jornal como hábito cotidiano. Como aqui, nas páginas do Correio, onde o leitor tem em mãos um documento perene,  assinado por pessoas  que assumem o que estão dizendo e   garantem a sua procedência. É esse o papel de um bom jornal: noticiar, opinar, comentar, orientar, esclarecer,   criticar, elogiar  e informar  a verdade, nada mais do que a verdade.

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