O poder do abraço

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Nada se compara à sua ação reconfortante, revigorante e apaziguadora.  Quando sincero, mesmo que de um estranho a quem você tenha conhecido há poucos instantes, é capaz de operar milagres, de lhe reconstituir as forças, de lhe servir de bálsamo para a dor e a amargura. Um abraço é assim: a mais completa forma de cumprimento entre duas pessoas, sejam entre homens ou mulheres, ou entre ambos. Não distingue raça, cor, sexo ou idade: o seu efeito é imediato. Um abraço acalma, reconforta, consola, a quem dá e a quem recebe. Muitas vezes precisamos dele para desabafar, para nos sentir acolhidos, amparados e amados. Para saber que temos alguém que gosta da gente, que está do nosso lado, que se preocupa com as nossas angústias e vicissitudes ou que vibra com as nossas conquistas. Que divide a nossa alegria, que compartilha a nossa felicidade. Definitivamente, não dá para viver sem ele. Nas nossas relações pessoais, é praticado com freqüência para demonstrar o tamanho do nosso afeto. Em família ou entre amigos,  é capaz de fazer chorar quando aplicado em momentos de emoção como o Natal e Ano Novo ou nas ocasiões em que precisamos de solidariedade   para enfrentar os nossos problemas. É isso: o abraço é um  instrumento de solidariedade humana, de generosidade e de amor ao próximo. Um gesto altivo, despojado, em que abrimos o nosso peito e o nosso coração para sentir de perto o calor humano de nossos semelhantes, receber e repassar as nossas melhores energias. Em tempos de quarentena e isolamento social determinados pela pandemia do covid-19, suprimiu-se , pelo menos temporariamente, o direito ao abraço. Dentre todas as medidas restritivas determinadas pelas autoridades sanitárias para conter o avanço desse inimigo mortal e silencioso, talvez seja essa a que mais me incomoda, que me aflige, que me entristece e me consome. Deixar de abraçar as pessoas que nos são caras, que amamos verdadeiramente, que nos confortam e são confortados, é castigo severo demais as pessoas que , como eu, gostam de extravasar sentimentos, receber e oferecer o que temos de melhor. Em um abraço há poder. No coração de todos nós, há poder. Em um olhar sincero, há poder. No compadecimento, há poder. No agir, há poder. No amor, há poder. De mudar, de transformar. De cumprir a perfeita e agradável vontade de Deus. De transcender as nossas imperfeições, por que a mudança acontece dentro de nós, para depois se alastrar pelo mundo. Sexta-feira, dia 22 de maio, foi comemorado, oficialmente,  o Dia do Abraço, transformado em Lei, sancionada pelo Congresso Nacional. Que todos sintam-se  abraçados  e acolhidos enquanto durar essa tempestade, esse exílio coletivo,  que isola o corpo mas não separa o espírito.

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