Onde o sol se põe

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Numa iniciativa de um grupo de abnegados idealistas, apaixonados pela literatura, pelas artes e pelas letras, há alguns anos foi criado em João Pessoa um movimento uniforme, solidário e coeso denominado Grupo Sol das Letras,  formado por um  exército Brancaleone, sem recursos,  sem armas nem  munição, contando apenas com  a força das idéias na cabeça. Reuniram-se dispostos a sacudir a cena cultural da cidade, a sair da inércia e, sobretudo, a reagir ao perigo alienante de  invasores dispostos a exterminar a nossa produção literária, a eliminar o prazer da leitura, a impedir o surgimento de novos escritores e a esvaziar as   prateleiras  da  nossa memória. Coordenado pelo experiente  Juca Pontes, editor  de mais de  uma centena de livros,  responsável pela feição gráfica e editorial de algumas das mais importantes publicações de nossa época,  o time formado por craques como  Helder Moura, Ana Paula Cavalcanti Ramalho, Antônio Fonseca Jr., Bruno Gaudêncio, Chico Pereira, Fidélia Cassandra, Gilvan Freire, Gustavo Guimarães Lima, Mayara Almeida, Marcus Alves, Políbio Alves, Sally Fonseca e Solange Gualberto começou a agir , saindo em busca de parcerias que pudessem viabilizar o projeto de criação do Por do Sol Literário. Hoje, cinco anos depois, com o apoio decisivo da Academia Paraibana de Letras, que cedeu o seu auditório  para lhe servir de sede provisória, o Sol das Letras começou a brilhar com mais intensidade, promovendo saraus poéticos e musicais; lançamentos de livros e antologias; e, sobretudo, homenageando grandes nomes da nossa cultura, das letras, das artes plásticas e outras forma de expressão artística. Portas se abriram para novos autores e os mais veteranos tiveram o seu valor reconhecido através do troféu Solito, criado pelo movimento para premiar o conjunto da obra. Desde que assumi uma cadeira na  APL, há dois anos,   passei a freqüentar com mais assiduidade as reuniões  desses valentes espadachins, tendo a oportunidade de  assistir momentos grandiosos de exaltação a   mestres do jornalismo; da poesia; das crônicas e romances; de historiadores e memorialistas; de pintores e escultores que contam a história da Paraíba, com talento e sensibilidade. Sempre pensei que seria na praia do Jacaré o mais belo por do sol da Paraíba. Mas estava enganado. Com o contato mais íntimo com esse grupo extraordinário, que cultua os nossos valores mais preciosos e autênticos, cheguei à conclusão de que não existe cenário mais inspirador  do que o Por do Sol Literário, que irradia cultura com brilho suficiente para  enriquecer o nosso  espírito e iluminar a nossa  inteligência. 

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