Final de ano sempre é tempo de avaliar o que representaram esses últimos
365 dias no calendário de nossas vidas. No meu caso, que já ultrapassei
a barreira dos sessenta e já vivi bem mais do que o que me resta pela
frente, essa reflexão torna-se ainda mais
importante pois o tempo corre mais depressa e sinto que ainda tenho
muito o que fazer por aqui.
Pessoalmente, 2019 foi um ano enriquecedor em experiências e conhecimentos. Avancei muito em minha maturidade ;
passei a valorizar aquilo que realmente importa;
fiquei mais prudente e seletivo em minha forma de enxergar a
vida. Também ganhei nas minhas relações pessoais, deixando de lado as
idiossincrasias , relevando falhas e
defeitos próprios da nossa condição humana e passando a me ater apenas às qualidades próprias de cada um.
Nesse contexto está a preservação, a qualquer preço, das velhas amizades,
sem desmerecer a necessidade de conquistar novos amigos. O ano foi impiedoso em
levar muitos dos companheiros que caminharam
comigo até aqui e que partiram deixando lacuna impreenchível em meu
coração e nos meus sentimentos. Perdas consideráveis como o anestesista
Jorge Trigueiro, o jornalista Eraldo Nóbrega, o músico
e artista plástico José Crisólogo, o engenheiro Fred Pitanga e tantos
outros amigos de minha geração, que foram embora bem antes do que eu
poderia supor.
Na saúde, não há queixas. Além das mazelas
naturais que atingem os homens em minha faixa etária, 2019 foi generoso ,
me proporcionando boas condições físicas, com taxas sob controle,
além de manter o equilíbrio emocional necessário
para seguir em frente com entusiasmo e confiança no futuro. Junte-se a
isso, o aprofundamento da minha religiosidade e a fé no Criador, cada
dia mais presente em minhas ações e nas minhas
atitudes.
Profissionalmente, realizei, com êxito, todos os meus projetos de maior
alcance como o troféu Heitor Falcão, em sua 26ª edição, e a tradicional
Feijoada do Abelardo, que fechou calendário de eventos da pequena
empresa que
mantenho com apoio de equipe dedicada e eficiente. A coluna, que assino diariamente neste jornal, em que pese as dificuldades
porque passa a mídia impressa, manteve
a sua credibilidade e o seu compromisso em produzir um
noticiário atual e informativo , opinando e comentando os assuntos de real
interesse público. E a reconquista do meu espaço na televisão, através da TV Master, veio como um novo desafio,
a me estimular a novos projetos no campo da comunicação.
No mais é agradecer a Deus pelo dom da vida. E também aos leitores e
amigos que são a principal razão do meu trabalho e que pagam o salário
moral que necessito para viver. E que tenhamos todos um 2020 de paz,
saúde, prosperidade, solidariedade , generosidade
e amor ao próximo. Tim, tim!
Perdas e ganhos
13 Jun 2020- 189